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Caos de liberdade

Quando eu morava em apartamento com apenas seis gatos o cuidado era muito mais fácil. Meus gatos, eu podia dizer que eram bicolores: preto e branco, amarelo e branco e cinza e branco. Atualmente, são bicolores preto encardido, amarelo encardido e cinza encardido.


Morar em um espaço mais limitado me dava muito mais controle. E, sendo bem honesta, um sossego mental e até financeiro. Minha única preocupação era criar um ambiente altamente propício para o desenvolvimento deles – e, ainda assim, em um lugar seguro, como um ambiente criado em laboratório.


Desde que comecei a morar em casa, os acidentes aumentaram absurdamente. Madalena fez duas cirurgias, Antônio, mais duas, Júlio, colono e endoscopia, várias sessões de fisioterapia. E muito, muito “não sei como meu bicho se acidentou dessa forma” para veterinários que tenho certeza de que me apelidaram de Dona Chica de tantos problemas ortopédicos que meus gatos têm.


Com certeza a vida era mais fácil para mim em um ambiente controlado, mas, não era tão boa para eles. Para a gente, na verdade. Às vezes, a liberdade de ser requer um desprendimento de si que é caótico e assustador, às vezes, vai gerar preocupação, desconforto e choros, tanto em si, quanto no outro. Egoistamente, talvez, a expectativa de vida deles seriam até maiores porque provavelmente haveria menos acidentes...


Mas eles não teriam vivido tão bem e tão felizes.

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Prazer, a humana.

Olá, meu nome é Marcela Figueiredo, sou artista, autista, psicóloga e arteterapeuta responsável por uma linda - e enorme - família multiespécie. Seja bem-vinde ao nosso mundo.
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