A criação humana e animal artística
O ser humano é um ser relacional e, que embora às vezes esquecido pelo racionalismo, faz parte da natureza. Portanto, as pessoas apresentam uma necessidade vital de se relacionar às coisas vivas: como plantas, animais, outros seres humanos...
Por outro lado, além da necessidade de se relacionar com à natureza, a nossa espécie também apresentou a necessidade dar forma e organizar. Porém, como tudo isso se junta? Um exemplo são as artes rupestres, criadas para que a gente pudesse se expressar, organizar e se desenvolver. Nessas artes, era possível encontrar figuras que retratassem o cotidiano desses indivíduos e havia muitas imagens de animais...
A arte, por diversas vezes, entra num lugar de retratar e observar o cotidiano. Tanto que diversos historiadores ambientais estudam a natureza através das obras criadas na época, pois a natureza, a percepção e a criação também são moldados pela cultura.
Uma pessoa criada em uma capital toda cimentada e pouco arborizada terá uma forma de se relacionar completamente diferente de alguém criado em contato direto com a natureza.
Ressaltamos também que o contato com a natureza faz bem não para a saúde mental, como para a física.
A pessoa criada em contato com a natureza terá um aprofundamento da consciência de si, das emoções, dos sentidos e das relações, oposto a quem foi criado numa educação e cultura racionalistas, priorizando a razão e o pensamento em detrimento de outras funções, apresentando assim, pouco contato com a materialização e um processo diferente de conscientização.
A natureza é materialização pura! Estudos afirmam que pessoas que com animais de estimação apresentam maior bem-estar emocional e o sistema imunológico mais forte.
Ou seja, se o ser humano é um ser relacional, demandante de contato com a natureza e que apresenta a necessidade de criar, dar significados e formas para se desenvolver, e influenciados pela nossa cultura, logo, a junção da arteterapia com as intervenções assistidas por animais é o reencontro da natureza com o cotidiano esquecido e um abraço às diversidades das relações e à materialização.
Se criar é se relacionar, criar com a natureza é se relacionar duplamente, é o aprofundamento dos vínculos.
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